Enraizamento e morfo-anatomia de estacas caulinares de Odontonema strictum kuntze (Acanthaceae).

Autores

  • Katia Christina Zuffellato-Ribas
  • Maria Regina Torres Boeger
  • Cleusa Bona
  • Elisângela da Graça Boeno Paes
  • Alex Caetano Pimenta
  • Eliana Tiemi Masuda

DOI:

https://doi.org/10.14295/rbho.v11i1.23

Resumo

Odontonema strictum Kuntze é uma espécie ornamental bastante utilizada no Brasil, cultivada em renques ou isoladamente, devido a coloração vermelha de suas inflorescências e seu porte arbustivo, podendo atingir cerca de dois metros de altura. O objetivo deste trabalho foi estudar o enraizamento e a morfoanatomia de estacas herbáceas de O. strictum plantadas em tubetes de enraizamento, utilizando vermiculita de granulometria fina e pó de casca de coco como substratos. O experimento foi conduzido em casade- vegetação na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba - PR. As estacas foram preparadas com mcomprimento de 12 cm e duas folhas cortadas pela metade, na porção apical. Estas foram distribuídas em quatro parcelas com 10 estacas, num delineamento inteiramente casualizado. Após 44 dias da instalação do experimento, o enraizamento foi de 100% nos dois substratos estudados. O substrato vermiculita apresentou o maior número de raízes por estaca (22,49 raízes), enquanto o pó de casca de coco apresentou a maior média de comprimento das cinco maiores raízes por estaca (11,67 cm). Estruturalmente, as estacas de O. strictum se caracterizam por apresentar epiderme unisseriada, com paredes pouco espessadas; córtex composto de colênquima, parênquima e endoderme com estrias de Caspary; cilindro central em estrutura secundária, com periciclo apresentando grupos isolados de fibras, câmbio ativo e medula parenquimática. A região provável de origem das raízes adventícias é na periferia do floema. Os resultados indicam que esta espécie pode ser considerada de fácil enraizamento, não sendo necessária a aplicação de fitorreguladores. As características anatômicas das estacas facilitam a formação de raízes adventícias.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Publicado

2005-06-06

Edição

Seção

Artigos Científicos