Multiplicação e alongamento do híbrido Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage x Eucalyptus dunnii Maiden.

Autores

  • Gilvano Ebling Brondani
  • Leonardo Ferreira Dutra
  • Fernando Grossi
  • Ivar Wendling
  • Jefferson Hornig Azevedo
  • Fabrício Augusto Hansel

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1596

Palavras-chave:

Eucalipto, micropropagação, benzilaminopurina, ácido naftalenoacético, clonagem.

Resumo

As espécies Eucalyptus dunnii e Eucalyptus benthamii apresentam tolerância a baixas temperaturas, fator limitante à expansão do cultivo de eucalipto na região sul do Brasil. Um híbrido interespecífico entre estes materiais possivelmente permitirá explorar-se as vantagens advindas deste cruzamento.
O desenvolvimento da clonagem  em espécies puras e em híbridos interespecíficos do gênero Eucalyptus por meio do enraizamento de estacas foi o marco inicial da propagação vegetativa assumir posição de destaque e despertar o interesse das empresas e pesquisadores, com conseqüente busca de aprimoramento e inovações tecnológicas (TITON et al., 2003). Atualmente a técnica de miniestaquia é empregada na maioria das empresas florestais, sendo que para DEL PONTE et al. (2001), a principal aplicação desse método tem sido na produção de mudas clonais de materiais selecionados.
Da mesma forma, a micropropagação também está sendo empregada para multiplicação massal de indivíduos selecionados (XAVIER e COMÉRIO, 1996; WATT et al., 2003) com inúmeras vantagens e aplicações comprovadas, como a promoção de uniformidade dos plantios, adaptações dos clones específicos para determinados sítios e maximização da produção de madeira em quantidade e qualidade desejáveis para determinados fins, em comparação com plantios oriundos de mudas produzidas por sementes (XAVIER e COMÉRIO, 1996). Além disso, proporciona a manutenção das características favoráveis evitando a variabilidade encontrada em árvores obtidas a partir de sementes (HIGASHI et al., 2000).
Na micropropagação de espécies lenhosas, as citocininas são indispensáveis para a quebra de dominância apical e indução de proliferação de gemas axilares, sendo o tipo de citocinina e a sua concentração os fatores que mais influenciam o sucesso da multiplicação in vitro. As concentrações de citocininas para a multiplicação variam de 0,1 a 5,0 mg L-1,  em que as concentrações de auxina são freqüentemente baixas se comparadas com as das citocininas para manter um balanço auxina/citocinina menor que 1 na fase de proliferação de gemas (GRATTAPAGLIA e MACHADO, 1998). Como meio de multiplicação, para obter ao mesmo tempo culturas alongadas, tem sido utilizado o meio MS (MURASHIGE e SKOOG, 1962) suplementado com BAP (0,08 mg L-1) e ANA (0,1 mg L-1), sendo que repicagens sucessivas para novos meios de multiplicação devem ser feitas a cada 3 a 4 semanas (ALFENAS et al., 2004). Entretanto, devido a diferenças no comportamento das espécies, essas concentrações de reguladores de crescimento são variáveis.
Com base no exposto, o presente trabalho teve como objetivo testar diferentes concentrações de BAP e ANA na multiplicação e alongamento de híbridos de Eucalyptus benthamii x E. dunnii.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos