Efeito do número de plantas por frasco e de carvão ativado no desenvolvimento in vitro de gérbera.

Resumo

A gérbera (Gerbera jamesonii) é uma espécie ornamental que apresenta flores com boa durabilidade e uma gama de cores que pode satisfazer os mercados mais exigentes. Nesse contexto, estudos vêm sendo realizados buscando encontrar a melhor alternativa para a propagação comercial desta espécie.
O uso das técnicas de micropropagação permite que se consiga, em um curto espaço de tempo, grande número de plantas com qualidade superior. O emprego da cultura de tecidos tem sido crescente para a gérbera, tornando-se uma alternativa bastante viável para sua propagação assexual. 
O cultivo de tecidos vegetais in vitro pode minimizar os efeitos da variação de fatores ambientais, assim como se pode conseguir um maior controle sobre as condições de temperatura, luz e nutrientes. Como resultado, a produção de plantas de valor econômico torna-se viável (Seabrook, 1980). 
A oxidação fenólica representa um dos mais sérios problemas, especialmente durante a fase de estabelecimento da cultura in vitro de explantes de espécies lenhosas. As plantas perenes lenhosas são consideradas ricas em substâncias derivadas do metabolismo secundário como os polifenóis, os quais exercem importante papel no metabolismo destas espécies, bem como na defesa contra predadores e microorganismos (Teixeira, 2004).
Esses compostos fenólicos são oxidados pelas enzimas polifenases, produzindo substâncias tóxicas, inibindo o crescimento dos explantes, além de escurecer o meio de cultura (Grattapaglia & Machado, 1998). 
O objetivo deste trabalho foi testar a eficiência do uso de carvão ativado em plantas de gérbera e observar alterações do desenvolvimento das plantas in vitro utilizando diferentes números de plantas por frascos.