Fisiologia pós-colheita de flores de corte.

Autores

  • Gláucia M. Dias-Tagliacozzo
  • Fernando L. Finger
  • José Geraldo Barbosa

DOI:

https://doi.org/10.14295/rbho.v11i2.48

Resumo

A longevidade das flores de corte está associada a fatores fisiológicos inerentes da espécie e a fatores do ambiente, como a temperatura, umidade, ação do etileno e a qualidade da água do vaso. O desequilíbrio entre a absorção de água pela haste e transpiração, causado pela obstrução física dos vasos xilemáticos, reduz a disponibilidade de água, ocorrendo murcha das pétalas e estímulo da produção de etileno. As flores têm diferentes graus de sensibilidade e produção de etileno, flores climatéricas apresentam elevada produção durante a senescência e aumento da sensibilidade ao etileno. Em algumas flores, geralmente aquelas com baixa produção e sensibilidade ao etileno, o fornecimento de carboidratos e a interação com ácido giberélico e citonininas exercem grande controle sobre a longevidade. O tratamento de “pulsing” com sacarose melhora a absorção de água pela haste cortada, estimula a abertura de flores ainda na forma de botão e fornece açúcares para a manutenção da respiração vital das flores. A utilização dos inibidores da ação do etileno 1-MCP e STS tem-se mostrado eficiente em inibir a produção autocatalítica de etileno e prolongar a vida de vaso de flores climatéricas e, em alguns casos, prolonga a longevidade de flores com baixa ou mesmo insensíveis ao etileno. A redução de temperatura prolonga o período de armazenamento e a vida de prateleira, porém em flores de origem tropical e subtropical, que são sensíveis à injúria por frio, manifestam danos em temperaturas de armazenamento inferiores a 10 a 13oC, dependendo da espécie.

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Publicado

2005-06-09

Edição

Seção

Artigo de Revisão