Efeito do ácido indolbutírico e de estações do ano no enraizamento de estacas de Cordia leucocephala Moric.

Autores

  • Kathia Fernandes Lopes Pivetta
  • Márkilla Zunete Beckmann-Cavalcante
  • Liriane Laguardia Iha

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1799

Palavras-chave:

Cordia leucocephala, enraizamento, ácido indolbutírico.

Resumo

Cordia leucocephala Moric.é um arbusto lenhoso e florífero, nativo do Brasil, de 2-3m de altura, muito ramificado, com folhas ovaladas, denteadas, ásperas e pilosas; floresce quase que o ano todo, produzindo belas inflorescências de coloração branca. Um dos problemas de utilização é a dificuldade de formação de mudas; produz sementes que apresentam baixa germinação, bem como, dificuldade de propagação assexuada. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi estudar o efeito do ácido indolbutírico (AIB) e da estação do ano no enraizamento de estacas de Cordia leucocephala. O Experimento foi realizado no Viveiro Experimental de Plantas Ornamentais e Florestais da UNESP, Campus de Jaboticabal, SP. O delineamento experimental foi em blocos casualizados; foram estudados 8 tratamentos, em esquema fatorial, ou seja, 2 estações (verão e inverno) combinadas com 4 concentrações de AIB (0, 1000, 2000 e 4000 mg.kg-1) com 4 repetições, perfazendo um total de 32 parcelas, sendo que cada parcela constituiu-se de 10 estacas. Foram retiradas estacas herbáceas de matrizes localizadas no Viveiro; que foram preparadas mantendo 3 gemas, retirando-se o folíolo basal. As estacas foram tratadas com AIB, via pó, nas diferentes concentrações, de acordo com o tratamento, e colocadas para enraizar em bandejas contendo vermiculita média, que foram colocadas sob nebulização intermitente, em estufa coberta. Após 60 dias anotou-se o número de estacas enraizadas, número, comprimento médio e massa seca de raízes. Os dados coletados, transformados quando necessários, foram analisados estatisticamente; as médias das estações do ano foram comparadas pelo teste de Tukey (5%) e foi realizada a análise de regressão polinomial a fim de se verificar o comportamento das variáveis em função do aumento da concentração de AIB. Verificou-se que a maior porcentagem de enraizamento foi obtida no verão (48%) quando comparada com o inverno (78%); de forma semelhante, maior número de raízes foi obtido no verão (5,87) quando comparado com o inverno (3,20); relacionado ao comprimento médio das raízes, não houve diferença significativa entre as duas estações cuja média foi de 2,41 cm, porém, no inverno as raízes apresentaram maior massa seca (25,19 mg) quando comparada com o verão (11,63 mg). O uso do AIB, foi efetivo no aumento da porcentagem de enraizamento, com ajuste de regressão cúbica, observando-se 70% de enraizamento na concentração de 1000 mg.kg-1; para número de raízes, houve ajuste de regressão quadrática, observando-se maior número (10,12) na concentração de 2000 mg.kg-1; para comprimento médio de raízes, a interação foi significativa, no verão houve ajuste de regressão linear, observando-se maior média (3,69 cm) na concentração de 4000 mg.kg-1 e no inverno, ajuste de regressão quadrática, observando-se maior comprimento (6,23 cm) na concentração de 2000 mg.kg-1; para massa seca de raízes, tanto no verão quanto no inverno; houve ajuste de regressão linear, com maior media (32,45 mg) na concentração de 4000 mg.kg-1.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos