Germinação de sementes de Archontophoenix cunninghamii H. Wendl. & Drude em diferentes períodos de imersão em água destilada.

Autores

  • Petterson Baptista da Luz
  • Kathia Fernandes Lopes Pivetta
  • Amanda de Castro
  • Ricardo Soares Pimenta

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1750

Palavras-chave:

Archontophoenix cunninghamii, propagação, germinação, sementes.

Resumo

A palmeira real australiana (Archontophoenix cunninghamii) é uma palmeira elegante  de 8-10 m de altura, caule cilíndrico, levemente anelado e folhas pinadas. Espécie muito utilizada no paisagismo na arborização de parque e jardins, sendo disposta, isoladamente, em grupos ou fileiras (Lorenzi et al., 2004). Conhecida como seafórtia devido ao antigo nome do gênero, produz um palmito nobre, com qualidade superior quando comparado a Euterpe oleracea Mart. (açaí ou açaizeiro) que, até 1998 era responsável por mais de 80% do palmito comercializado no mercado internacional (Bovi, 1998). O gênero Archontophoenix, originário do leste da Austrália, é amplamente utilizado em praças e jardins ao redor do mundo como planta ornamental (Lorenzi et al., 2004). Embora seja uma palmeira de grande interesse ornamental e comercial, ainda pairam muitas dúvidas relacionadas à produção de mudas. Há poucas informações na literatura sobre os processos relacionados à germinação de sementes desta palmeira.
Como a propagação da maioria das espécies de palmeiras, é feita de forma sexuada, conhecimentos sobre a germinação e o desenvolvimento inicial de plântulas de palmeiras são de extrema importância (Meerow, 1991).
Segundo Carvalho et al. (2005), o mecanismo de controle da germinação de sementes de palmeiras é pouco conhecido. Para esses autores uma das características da germinação de sementes de palmeiras é apresentar uma variação quanto ao número de dias requeridos para germinarem. É comum que sementes de palmeira não dêem respostas favoráveis, mesmo em condições adequadas de germinação, podendo este fato estar relacionado a obstáculos mecânicos como espessura da testa e endocarpo (Tomlinson, 1990). Broschat & Donselman (1988), afirmam que por ser a germinação de sementes de palmeiras bastante lenta, torna-se necessário adotar mecanismos que acelerem esse processo. Diversos autores realizaram trabalhos em que o despolpamento do fruto e a embebição possibilitam aumentar a porcentagem de germinação das sementes de palmeiras (Bovi, 1990; Bovi et al., 1987).
Na produção de mudas de palmeiras, visando acelerar e uniformizar o processo germinativo de algumas espécies tem sido recomendada a imersão em água, que é indicado para as sementes de Copernicia spp. (Kitzke, 1958), Aiphanes erosa, Archontophoenix alexandrae, Areca lynn, Chrysalidocarpus lutescens, Dictyosperma aureum, Thrinax parviflora e Verschaffeltia splendida (Odetola, 1987). O período de imersão é variável entre as espécies, como três dias para Ptychosperma macarthuri, P. sanderianus (Odetola, 1987) e Hyphaene thebaica (Moussa et al., 1998), cinco dias para Arenga microcarpa, Phoenix acaulis e P. dactylifera (Odetola, 1987) e sete dias para Copernicia alba e Elaeis oleifera (Lorenzi et al., 2004). A troca diária da água é fundamental para evitar o aparecimento de limo, o apodrecimento das sementes e, ou, o desenvolvimento de microrganismos (Kitzke, 1958). 
Com isso o presente trabalho objetivou avaliar a capacidade e a velocidade de germinação, sementes de A. cunninghamii submetidas a processo pré-germinativo constituídos de diferentes períodos de imersão em água destilada.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos