Índices de recuperação de microenxertos de diferentes espécies e variedades de citros.

Autores

  • Luis Fernando Carvalho Silva
  • Sérgio Alves de Carvalho
  • Francisca Alves dos Santos
  • Marcos Antonio Machado

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1696

Palavras-chave:

Limpeza clonal, in vitro, microporta-enxertos, citrus

Resumo

A susceptibilidade dos citros a doenças sistêmicas, causadas por vírus, viróides e bactérias, torna de extrema importância a aplicação de técnicas de limpeza clonal, visando a recuperação de clones sadios para utilização como matrizes.  Atualmente, isto pode ser realizado através da microenxertia de ápices caulinares, sem os inconvenientes da embrionia nucelar, como longo período juvenil e necessidade de cruzamentos com marcadores morfológicos conhecidos para identificação das plântulas zigóticas. A microenxertia tem sido amplamente utilizada nos países que possuem programas de registro de matrizes e limpeza clonal. São descritos neste trabalho os índices médios obtidos na recuperação de plantas de diferentes espécies e variedades de citros, pela aplicação da microenxertia como parte do Programa de Matrizes do Centro APTA Citros ‘Sylvio Moreira’ – IAC (Instituto Agronômico de Campinas). Durante o período de 1992 a 2007, foram realizadas 29.852 operações de microenxertia, envolvendo cerca de 1000 clones diferentes, sendo 75% do Banco ativo de germoplasma de Citros – IAC e o restante de candidatas à matrizes da iniciativa privada. Considerando-se todas as espécies e variedades, a taxa média de recuperação das plantas foi 2,49%, com diferença de 2,1% entre grupos de maior ou menos sucesso. Variedades de laranjas doces (Citrus sinensis) e limas doces e ácidas (C. aurantifolia e C. latifólia) apresentaram maior facilidade na recuperação in vitro, com índices de 3,09% e 3,35% respectivamente, seguidos dos limões (C. limon), com 2,25% de pegamento. Variedades ou clones de Poncirus trifoliata e híbridos, pomelos (C. paradisi) e tangerinas e seus híbridos (C. reticulata, C. deliciosa e outros), apresentaram menor taxa de recuperação, com valores médios de 1,36, 1,29% e 1,25%, respectivamente. O índice relativamente baixo de recuperação das plantas está relacionado com a necessidade de uso de ápices meristemáticos bastante reduzidos que, mesmo garantindo 100% de sucesso na limpeza para o vírus da tristeza dos citros, exocorte e xiloporose, apresentam falha de cerca de 30% para o vírus da sorose, que entretanto pode ser também completamente eliminado quando a microenxertia é associada à técnica de termoterapia. Sucesso de 100% também tem sido obtido na aclimatação das plantas em casa de vegetação, através da garfagem em plantas já estabelecidas em vasos, possibilitando o rápido crescimento e obtenção de material para os testes de re-indexação e multiplicação do material.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos