Efeitos da luz natural e sacarose na perda de água e anatomia foliar de plantas de bananeira, na fase de enraizamento/alongamento in vitro.

Resumo

Apesar da importância das técnicas in vitro na produção de mudas com certificação genética e fitossanitária, ainda existem dificuldades em se obter elevadas taxas de sobrevivência em algumas espécies, além do que pouco se entende sobre os fatores associados à capacidade das plantas em superar a abrupta transferência ex vitro. Entre os principais fatores comumente reportados por ocasionar elevados índices de mortalidade estão a excessiva transpiração dos órgãos aéreos (Gangopadhyay et al., 2002), principalmente as folhas (Capellades et al., 1990). Em adição, a falta diferenciação do mesofilo e o deficiente desenvolvimento dos tecidos fotossintetizantes são aspectos que também interferem após a retirada das plantas dos recipientes de cultivo (Romano & Martins-Loução, 2003; Sandoval et al., 1994).
Como conseqüência, estratégias vêm sendo estudadas e adotadas, entre as quais estão as reduções nos níveis exógenos de carboidratos e da umidade relativa no interior dos frascos (Mohammed & Vidaver, 1990) e o uso da luz natural (Kodym & Zapata-Arias, 1999, Rocha, 2005; Talavera et al., 2005). Destes, a luz é considerada um dos mais importantes, por influenciar decisivamente no desenvolvimento vegetal (Larcher, 2000), podendo induzir alterações, em sua maioria benéficas, na anatomia foliar, que contribuirão para a melhor adaptação das plantas ao ambiente externo. Assim, objetivou-se avaliar a perda de água e as modificações anatômicas de plantas micropropagadas de bananeira em diferentes condições de cultivo durante a fase de enraizamento/alongamento in vitro.