Indução de calos in vitro em diferentes explantes de paricá.

Autores

  • Iulla Naiff Rabelo de Souza Reis
  • Osmar Alves Lameira
  • Iracema Maria Castro Coimbra Cordeiro
  • Allan Guerreiro Carneiro
  • Carla Vanessa Borges Castro
  • Silvaney Fonseca Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1575

Palavras-chave:

Schizolobium parahyba var. amazonicum, calogênese, 2, 4-D, BAP.

Resumo

O Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby (paricá) ocorre na Amazônia brasileira, venezuelana, colombiana, peruana e boliviana. No Brasil, é encontrado nos estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Rondônia, em solos argilosos de florestas primárias e secundárias, tanto em terra firme quanto em várzea alta (Sousa et al., 2005), é uma espécie de grande interesse econômico, principalmente em relação à produção de lâminas para compensados.
Na literatura, há poucas informações a respeito da aplicação da cultura de tecidos no paricá, e nos estudos da micropropagação in vitro da espécie, tem-se esbarrado na dificuldade de estabelecimento de um protocolo dessa cultura, em função de ainda não ter sido possível obter uma taxa de enraizamento satisfatório. Porém, observa-se a presença constante de calos, o que sugere estudos acerca dos mesmos, de forma a aproveitar a potencialidade de regeneração dessas estruturas.
Uma das respostas mais comuns induzida em um tecido cultivado in vitro é a formação de calo, que é caracterizado por uma massa de células não diferenciada, de proliferação contínua e desordenada (Handro & Floh, 1990), que se desenvolve como resposta a alguma lesão química ou física (Paiva Neto, 1996).
A produção de calos depende de um balanço adequado de reguladores de crescimento (geralmente auxinas e citocininas) no meio de cultura. Porém este balanço varia grandemente com relação ao tipo de explante, tais como folhas, anteras, segmentos nodais, raízes, rizomas, etc., e à espécie com a qual se está trabalhando (Santos, 1998). Tisserat (1985) verificou que a produção de calos pode ser induzida apenas pela adição de auxina, contudo ocorreu o aumento da proliferação destes quando se adicionou citocinina ao meio nutritivo.
A escolha do explante é um dos fatores mais importantes para a indução de calos sendo que praticamente qualquer parte da planta, pode ser utilizada como explante, mas Pierik (1990) recomenda utilizar aqueles que contenham maior proporção de tecido meristemático ou que apresentem maior capacidade de expressar a totipotência. O objetivo do trabalho foi estudar o processo de indução de calos in vitro em diferentes explantes de paricá, a partir da interação entre 2,4-D e BAP.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos