Utilização do PPM (Plant Preservative Mixture) para controle da contaminação visando o estabelecimento <i>in</i> <i>vitro</i> de explantes de Eucalyptus citriodora Hook

Autores

  • Virgínia Maria Tenório Sabino Donato
  • Samantha Olivier
  • Wolfgang Harand
  • Júlio Zoe de Brito
  • Arnóbio Gonçalves de Andrade

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1489

Palavras-chave:

Micropropagação, contaminação in vitro, Eucalyptus

Resumo

O eucalipto tem sido extensivamente utilizado em plantios florestais devido ao seu rápido crescimento, alta produtividade, ampla variação de espécies, grande capacidade de adaptação e variadas aplicações industriais. A micropropagação é uma das técnicas que oferece excelentes possibilidades para propagação comercial dessa espécie. No entanto, elevados índices de contaminação do meio de cultivo dificultam a sua aplicação. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência e selecionar a concentração mais adequada do antimicrobiano PPM (Plant Preservative Mixture) produzido pela Plant cell Technology, Inc, para o controle da contaminação durante o estabelecimento in vitro de explantes de
Eucalyptus citriodora. Utilizou-se como explante, gemas laterais de plantas  jovens coletados no campo. Os explantes foram inicialmente lavados com detergente neutro comercial e em seguida, em ambiente estéril, foram submetidos ao processo de desinfestação, constituído da imersão em álcool 70% (v/v) por 1-3 minutos, seguida da imersão em hipoclorito de sódio 2,5% (v/v) por 10 minutos e finalmente enxaguados 3 vezes em água destilada estéril. Os
explantes foram seccionados em segmentos de aproximadamente 2 cm, contendo pelo menos uma gema lateral. Parte dos explantes foi mantida em solução de PPM (Plant Preservative Mixture) a 5% (v/v) e outra em água destilada estéril por 4 horas. Após esse período, os explantes foram transferidos, sem enxágüe, para tubos contendo meio de cultivo constituído pelos sais e vitaminas do MS, acrescido de 30g.L-1 e diferentes doses de PPM (T0= sem PPM; T1= MS + 0,5% de PPM; T2= MS + 0,2% de PPM; T3= MS + 0,1% de PPM). Nos tratamentos T1 e T2 não houve contaminação tanto nos explantes pré-tratados apenas com água como naqueles pré-tratados com solução de PPM. No tratamento T3 observou-se que houve 40% de contaminação nos explantes pré-tratados apenas com água, enquanto naqueles pré-tratados com solução de PPM não houve contaminação. No tratamento T0, sem adição de PPM, verificou-se que houve 60% de contaminação nos explantes prétratados com água, enquanto naqueles pré-tratados com solução de PPM houve apenas 20% de contaminação. Verificou-se pelos resultados obtidos que, embora o pré-tratamento com solução de PPM tenha sido eficiente no controle da contaminação, observou-se um aumento da oxidação do meio de cultivo em relação aqueles explantes pré- tratados apenas com água. Outros estudos estão sendo executados para avaliar a fitotoxicidade do PPM para o eucalipto e outras culturas. 

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos