Ensacamento de inflorescências de copo-de-leite para proteção contra a abelha irapuá (Trigona spinipes)

Autores

  • Lívia Mendes Carvalho Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig)
  • Verônica Aparecida Ladeira Bióloga, Bolsista de Iniciação Científica-Fapemig/Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig)
  • Elka Fabiana Aparecida Almeida Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Lenira Viana Costa Santa-Cecília IMA/Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG-CTSM-EcoCentro, Lavras-MG.
  • Deodoro Magno Brighenti Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ)
  • Erivelton Resende Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig)

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v24i4.1193

Palavras-chave:

Zantedeschia aethiopica, controle alternativo de pragas, floricultura, manejo de pragas.

Resumo

A abelha irapuá Trigona spinipes (Hymenoptera: Apidae) é uma importante praga do cultivo do copo-de-leite, Zantedeschia aethiopica (L.), pois causa danos nas inflorescências, principalmente na espádice. O objetivo foi identificar a embalagem mais eficiente para o ensacamento de inflorescências de copo-de-leite, visando a proteção contra o ataque da abelha irapuá e a manutenção da qualidade pós-colheita. O experimento foi conduzido em cultivo de copo-de-leite plantado em solo sob 50% de sombreamento. Os tratamentos consistiram do ensacamento das inflorescências com: 1) papel kraft; 2) TNT branco (comercialmente denominado tecido não tecido); 3) plástico transparente; 4) plástico transparente microperfurado; 5) testemunha (sem ensacamento). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado contendo 25 repetições e uma inflorescência de copo-de-leite por parcela. As inflorescências receberam os tratamentos quando as mesmas apresentavam-se com a cor definitiva, mas ainda com a espata totalmente fechada. Sete dias após o ensacamento, as inflorescências foram colhidas e avaliadas quanto aos danos ocasionados pelos insetos no campo e quanto às características pós-colheita. As avaliações da qualidade pós-colheita das inflorescências foram realizadas por 12 dias, observando a expansão da espata em comprimento e largura, peso da haste e a qualidade visual expressa pelo número de dias que permaneceram em cada classe. O ensacamento das inflorescências de copo-de-leite foi eficiente no controle da abelha irapuá, independentemente do tipo de embalagem utilizada, pois nessas condições nenhuma inflorescência apresentou danos. Já na testemunha foram observadas 84% das inflorescências danificadas. Observaram-se diferenças nas características póscolheita, sendo que as inflorescências permaneceram por maior período em fase de abertura da espata, que é caracterizada pelas medidas de comprimento e largura das mesmas, quando embaladas. Dentre as embalagens, destacou-se o TNT que possibilitou maior comprimento da espata ao 6º dia de avaliação, maior largura da mesma ao 7º dia de avaliação e menor perda de massa fresca ao final do experimento (8%). Já a testemunha teve murcha precoce caracterizada pela redução das medidas da espata à partir do primeiro dia de avaliação e perda de 11% da massa fresca. Conclui-se que o TNT mostrou-se como uma embalagem eficiente para proteção contra o ataque da abelha irapuá sem comprometer a qualidade das inflorescências na pós-colheita.

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Biografia do Autor

Lívia Mendes Carvalho, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig)

Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG)
São João del Rei-MG

Verônica Aparecida Ladeira, Bióloga, Bolsista de Iniciação Científica-Fapemig/Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig)

Bióloga, Bolsista de Iniciação Científica-Fapemig/Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, São João Del Rei-MG.

Elka Fabiana Aparecida Almeida, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Engenheira Agrônoma, Doutora em Fitotecnia, Profa. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),  Instituto de Ciências Agrárias, Montes Claros-MG.

Lenira Viana Costa Santa-Cecília, IMA/Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG-CTSM-EcoCentro, Lavras-MG.

Engenheira Agrônoma, Doutora em Entomologia Agrícola, pesquisadora do IMA/Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG-CTSM-EcoCentro, Lavras-MG.

Deodoro Magno Brighenti, Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ)

Zootecnista, Doutor em Entomologia Agrícola, Professor da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ), São João Del Rei-MG.

Erivelton Resende, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig)

Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG)
São João del Rei-MG

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Publicado

2018-10-30

Edição

Seção

Artigos